terça-feira, setembro 27, 2005

A Tasca do Confrade

Um dia destes, ao tomar o pequeno-almoço no cafezito aqui da rua, folheámos o suplemento de um jornal que agora não me lembro. Vimos lá um artigo que nos interessou, que falava numa cena centrada em petiscos e vinhos. Situava-se em Aveiro, na Rua dos Marnotos (é mesmo com n), perto do Mercado do Peixe.
Este fim-de-semana foi fim-de-semana bairradino, para ir visitar os sogros, e aproveitámos para dar um salto a S.Jacinto, que eu não conhecia, passando no regresso por Aveiro.
Após comprar uns ovos moles (não resisto mesmo), lá fomos para a zona do Mercado do Peixe à procura da Tasca do Confrade.
Só posso dizer que aconselho profundamente. Para começar, apareceu lá o gajo com um tabuleiro cheio de petiscos. Já tinhamos um queijinho da Serra na mesa, tirámos umas febrinhas e esperámos pelas pataniscas de bacalhau que estavam prestes a sair. Para regar, decidimos experimentar um Bairrada que já há algum tempo ouvia falar bem, um Quinta das Bágeiras Tinto 2003 de um produtor chamado Mário Sérgio Alves Nuno. Actualmente já não, mas até à colheita de 2003 (salvo erro) um vinho para ser considerado Bairrada, tinha que ter 100% da casta baga. Agora basta ter uma certa percentagem de baga, mas pode ter outras castas em conjunto com a baga. Este é um Bairrada clássico, 100% da casta baga. Esta casta é uma daquelas que são um pouco difíceis de "domar", pelo que se não conhecesse de nome, não teria pedido. Felizmente foi uma boa surpresa e aconselho a quem queira experimentar um vinho com esta casta.
Voltando à parte dos morfes, entretanto chegaram as pataniscas. Estavam tão boas que optámos por ficar numa de petiscos e pedir mais umas e uma tachada de arroz de tomate.
Fiquei com pena de não ter chegado a provar o polvo, que é uma das especialidades da casa, mas definitivamente vou voltar lá mais vezes.

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