Este fim-de-semana que passou, é o que pode chamar de fim-de-semana de encher o bandulho.
Como estava de prevenção (o que implica estar disponível para resolver algum problema da responsabilidade do meu departamento que possa acontecer), tentei andar sempre a uma distância que me permitisse chegar a casa em poucos minutos. Assim sendo, andei sempre pela península de Setúbal.
É pá e digam o que disserem, e venham de lá os insultos , come-se muito melhor do lado de cá do Tejo. E nem vale a pena falar na relação preço/qualidade. Mas pronto, a margem norte ganha no estilo.
Esta semana, a descoberta foi o "Alcanena", na Quinta do Anjo - Palmela. Já me tinha sido recomendado por amigos, mas nunca lá tinha ido. Por coincidência, deu na manhã de Sábado na tv, um programa em que almoçavam lá. Foi o que fez despoletar a ida lá nesse dia ao jantar.
Ninguém dá nada por aquilo visto do exterior. Aliás, passei ali dezenas de vezes ignorando completamente a sua existência.
O restaurante tem duas partes, uma à carta e outra de buffet, tendo optado pelo buffet. Mas aquilo não é um buffet "normal", faz lembrar um buffet dos casamentos.
Para entrada, tem várias qualidades de queijos e enchidos, presunto, melão, pataniscas, pastéis de bacalhau, "jaquinzinhos", enguias, croquetes, etc...
Depois tem outros pratos, como sopa da pedra, feijoada (vários tipos), açorda de marisco, orelha, sopa de cação, migas de bacalhau, bacalhau espiritual, arroz de pato... é pá, tanta coisa que não me lembro de tudo... devem ser uns 20 pratos.
Também tem várias sobremesas, umas 7 ou 8.
Tem o preço fixo de €15 por pessoa + bebidas (ofereceram o moscatel).
Muito bom, só tive pena de não ter chegado lá esganado com fome para aproveitar melhor a coisa.
Por um feliz acaso do destino, estacionei o carro mesmo em frente a um estabelecimento aberto recentemente, da "Casa Agrícola Horácio Simões" (produtor de vinhos da região), de seu nome "Afinidades". É um espaço onde se podem encontrar produtos regionais - pão caseiro, doces, queijos de Azeitão, requeijão, queijo seco e vinhos (incluindo o moscatel). Além de loja, tem umas mesas e cadeiras onde se podem consumir os produtos da casa.
Acabámos por ir lá no Domingo, ao final da tarde, fazer um lanche ajantarado à base de tintol, pão, linguiça assada e queijo.
Antes, ainda no Domingo, fizemos um visita à caves da "José Maria da Fonseca" (na foto) em Azeitão, não deixando de passar pelo meu café (tb tem parte de charcutaria) preferido de Vila Nogueira de Azeitão, a casa Negrito.
Uma coisa interessante que descobri nesse dia... há um vinho licoroso da "José Maria da Fonseca, o "Bastardinho de Azeitão, feito com uma casta rara na região, bastardo, que já não é produzido porque a vinha já não existe. Eles andam a tentar replantar esta casta, mas como se trata de um vinho de colheitas com pelo menos 30 anos, nos próximos 30 anos não se voltará a produzir este vinho. Até aqui já eu sabia, é portanto uma raridade e já estava com ideias de comprar como investimento. Acabei por comprar e, qual não é o meu espanto, quando vejo que as vinhas com que foi feito se situavam no Lavradio - Barreiro, terra onde vivi até aos 18 anos e onde ainda vive a minha mãe.
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